segunda-feira, 22 de agosto de 2022

3. O Decreto do Soberano

 


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Aquele momento em que Lúcifer convidou a todos para seguirem-no já era conhecido do soberano, que é onisciente em todo o tempo. Era um momento crucial na história da criação. Mas era igualmente necessário para que todos os seres celestes soubessem quem era quem. Para que conhecessem a si mesmos, muitos surpresos com a própria atitude.

O soberano precisava permitir que eles fossem seduzidos por Lúcifer para que tomassem uma posição pelas suas atitudes e pudessem realmente demonstrar quem eram e a que sua mente e coração estavam inclinados. O Soberano não desejou que Lúcifer fizesse isso. Mas, quando ele começou a mostrar-se desejoso de tomar a posição do Soberano, este não o impediu, pois era a primeira vez que alguém pensava em fazer algo diferente, e precisava ter a liberdade de fazer para revelar o conteúdo do seu coração e ainda dar a oportunidade de outros fazerem o mesmo, mostrando o que pensavam.

O teste nos céus era necessário porque, antes, nunca haviam tido de escolher entre um e outro lado, uma e outra situação. A presença da glória e o amor do Soberano tinham sido unânimes e plenos até aquele momento. Nunca um ser da criação, anjo, querubim ou serafim havia sido questionado ou testado em sua fidelidade e lealdade. Viviam ali, sempre na glória, sem qualquer sombra de variação da situação desde que haviam sido criados.

Mas o soberano sabia que no íntimo de muitos deles, suas atitudes não condiziam com seus pensamentos. E precisava permitir que fossem provados, para demonstrarem o que era real em seu íntimo. O Soberano desejava ser adorado com liberdade. Não por imposição que alguns pudessem sequer pensar em existir. O que não existia.

Então, baseado nisso, o soberano declarou, dirigindo-se primeiro aos anjos que permaneceram fieis. O Soberano criador lhes disse:

– A Miguel e a todos os seres celestiais que se posicionaram para defender meu trono, saibam que sua posição e natureza serão mantidas e fortalecidas. Habitarão comigo nas moradas celestiais eternamente, desfrutando, desde já e para sempre de todas as delícias aqui disponíveis e ainda a vocês será conferida uma tarefa especial, de máxima confiança, que desempenharão para o bem do meu Reino e destino de toda criação.

Dirigindo-se, então, ao grupo rebelde, disse o Soberano, com voz suave, mas firme e penetrante, contra a qual não haveria argumentos:

– Como ousaste, Lúcifer, a desafiar meu trono e meu poder?! Não sabes que não lhe seria permitido tomar meu trono, mesmo que todos os seres celestiais escolhessem estar do seu lado? Não saber que, pelo meu poder, assim como foste criado, eu poderia aniquilar sua existência com um sopro e a de todos aqui, apenas por um decreto. E poderia fazer isso agora mesmo, com todo seu grupo, que demonstrou não serem leais a mim. Por sua obstinada e tola atitude, crio agora um destino de dores para você e todos aqueles que se decidiram a seguir-te. Um lugar de trevas e de ausência total da minha presença, do amor. Mas não serás para lá destinado imediatamente. Seu destino já está determinado. Mas ainda poderás tentar convencer aqueles que hesitaram perante seu sedutor discurso. Terás uma chance de persuadi-los novamente, durante o teste a que vou submetê-los. Ao final deste teste, de 7 mil anos, terás sua condenação aplicada ao seu destino, juntamente com todos os que já te seguiram e com aqueles que irão decidir seguir-te, durante o teste a que serão submetidos.

E então, dirigindo-se ao terceiro grupo, onde se encontrava Mevial, àqueles que não havia sido determinados em sua decisão, mas haviam hesitado na escolha, a estes o Soberano disse:

– Após viverem uma porção da eternidade ao meu lado, com todas estas bênçãos à sua disposição aqui no Reino Celestial, não havia motivo para ficarem com dúvidas quanto ao convite de Lúcifer. Deveriam ter tido uma decisão, de seguir sua sedução ou de manterem-se fieis a mim e ao meu Reinado. Mas hesitaram, não foram decididos na sua escolha. Não vou condená-los imediatamente. Mas também não retornarão à sua posição anterior. Antes, passarão por um teste, onde terão uma oportunidade de provarem sua fidelidade ou de escolherem seguir à sedução daquele que se levantou para desafiar meu trono. Já que hesitaram, darei a vocês uma chance de escolha, onde possam experimentar o outro lado, onde possam sentir a ausência da minha presença plena e decidir se desejam realmente separar-se de mim definitivamente. Desejo, pelo meu amor, que escolham voltar para mim. Mas precisam provar, após esta hesitação com que hesitaram neste crucial momento da criação, e por causa da justiça, precisam provar que realmente querem estar na minha presença. Provar para si mesmos, para os outros companheiros da criação e para mim.

E então todos ficaram observando e aguardando as próximas ordens do soberano, querendo saber de que se tratava este teste de que falara. Todos os 3 grupos queriam saber do que se tratava. Mas o mais interessado era a terça parte dos anjos cujo destino agora era participar deste teste, novo e desconhecido. Para eles, o decreto não era ainda definitivo.

Aguardaram então as próximas ordens do soberano.


Lucas Durigon


Esta  é uma obra de ficção. Iniciada em 07/08/22.

https://tapecariadepalavras.blogspot.com/2022/08/a-descida.html


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